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sexta-feira, 1 de setembro de 2017

SEXO ORAL: O QUE A IGREJA DIZ

Não se deve confundir sexo oral com prelúdio sexual

Antes de tudo, é preciso dizer que nunca encontrei, na Bíblia ou em algum documento oficial do magistério da Igreja, a expressão sexo oral ou algo que trate do assunto.
Penso, então, que se deva entender por “sexo oral” a realização do ato sexual do casal por meios orogenitais, chegando-se ao orgasmo dessa forma. Mais explicitamente falando, é o emprego da boca e da língua que, em contato direto com o órgão sexual do parceiro, pretende levá-lo ao orgasmo.

Foto: Arquivo CN/cancaonova.com

Ato sexual

Padre João Mohana, no seu livro ‘Céu e carne no casamento’, aceita que o casal tenha as carícias orogenitais, mas não especifica quais; então, entendo que isso depende do que o casal necessita e que aceita, para a consumação normal do ato sexual.
A moral católica é baseada nisso: o que é natural é moral; o que não é natural, é imoral. O ato sexual é a “liturgia” conjugal, onde o casal celebra o amor e gera seus filhos. Assim, há duas dimensões na vida sexual: unitiva e procriativa.
É evidente que, pelo sexo oral, como descrito acima, fecha as portas para a concepção e anula-se uma das dimensões do ato sexual. Isso mostra que esse tipo de atividade sexual, se utilizada pelo casal, deve ser como meio para se chegar ao ápice e não o fim.
E sobre o sexo anal?

Por razões, muito mais graves ainda, o tal “sexo anal” não deve ser realizado por um casal cristão; é totalmente antinatural e imoral.
Creio que se pode admitir como lícita alguma liberdade sexual para o casal, enquanto se está no “prelúdio” da relação, naqueles casos em que o parceiro precisa desse estímulo para chegar ao orgasmo junto com o outro. Mas não se pode realizar o ato sexual de maneira oral por ser contra a ordem da natureza.
O casal não precisa dessas extravagâncias para ser feliz na vida sexual.

Sexo oral é diferente de prelúdio sexual

Não se deve confundir “sexo oral” com o “prelúdio sexual”, ambos completamente diversos um do outro. O prelúdio, ou preparação para o ato sexual, é lícito e muito importante. E é ele, através de todo o contexto de carinho, que diferencia a relação sexual humana e a animal.
Sem as carícias, os toques e as manifestações de afeto que precedem a consumação do ato sexual, este se limitaria a uma relação puramente animal.
De modo geral, as esposas precisam de um bom prelúdio sexual, com carícias até mesmo orogenitais, antes da penetração, para que possam chegar ao orgasmo.
O marido pode e deve intensificar ao máximo as carícias, os toques, os carinhos e as palavras, no prelúdio, para que a esposa chegue ao orgasmo na penetração. É o amor que deve levar o marido a essa atitude, e não apenas a busca de um prazer sem limites.
Não se pode realizar a atividade sexual por meios não próprios para ele. E é exatamente por isso que o sexo anal é ilícito; é algo totalmente antinatural.

Felipe Aquino

Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino

Fonte: https://formacao.cancaonova.com/afetividade-e-sexualidade/vida-sexual/o-que-a-igreja-diz-sobre-sexo-oral/


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