Pastoral Familiar

Pastoral Familiar
Família é a nossa maior riqueza

terça-feira, 8 de março de 2016

A MULHER SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS

A mulher foi o último ser criado por Deus; foi o ápice da criação: cheia de beleza, meiguice, delicadeza, força espiritual; foi criada para ser mãe e esposa, carinhosa e sensível. Foi o coroamento da natureza. Ela é a imagem e semelhança mais sensível de Deus. A sua beleza e charme encanta o coração do homem, porque foi criada para ele. Há uma música que diz: “creio na mulher que se enfeita e se embeleza para ser a mais bonita criação de nosso Pai”.
A Bíblia está repleta de passagens falando da mulher, exaltando a sua grandeza, mas também chamando a atenção quando ela se desvirtua. O livro dos Provérbios diz: “Uma mulher virtuosa, quem pode encontrá-la? Superior ao das pérolas é o seu valor” (Pr 31,10).
O livro do Eclesiástico tem um longo trecho que diz: “Feliz o homem que tem uma boa mulher, pois, se duplicará o número de seus anos. A mulher forte faz a alegria de seu marido, e derramará paz nos anos de sua vida. É um bom quinhão uma mulher bondosa; no quinhão daqueles que temem a Deus, ela será dada a um homem pelas suas boas ações. Rico ou pobre, o seu marido tem o coração satisfeito, e seu rosto reflete alegria em todo o tempo. É um dom de Deus uma mulher sensata e silenciosa, e nada se compara a uma mulher bem-educada. A mulher santa e honesta é uma graça inestimável; não há peso para pesar o valor de uma alma casta. Assim como o sol que se levanta nas alturas de Deus, assim é a beleza de uma mulher honrada, ornamento de sua casa. Como a lâmpada que brilha no candelabro sagrado, assim é a beleza do rosto na idade madura. Como fundamentos eternos sobre pedra firme, assim são os preceitos divinos no coração de uma mulher santa (Eclo 26,1-24). “Uma mulher virtuosa é a coroa de seu marido, mas a insolente é como a cárie nos seus ossos”. (Pr 12,4).
Mas a Bíblia também fala da mulher sem virtudes: “É melhor viver com um leão e um dragão, que morar com uma mulher maldosa” (Eclo 25,23). “Uma mulher maldosa é como jugo de bois desajustado; quem a possui é como aquele que pega um escorpião. A mulher que se dá à bebida é motivo de grande cólera; sua ofensa e sua infâmia não ficarão ocultas. O mau procedimento de uma mulher revela-se na imprudência de seu olhar e no pestanejar das pálpebras” (Eclo 26,9-12).
Esta Palavra ajuda a mulher a compreender o que Deus deseja dela. Quando Deus percebeu que o homem não era feliz no Paraíso, então, criou a mulher e lhe deu como uma “ajuda e companheira adequada” (Gen 2,18). Isto mostra que uma mulher pode ser uma grande alegria para seu esposo, mas pode ser também a sua tristeza. Paulo VI disse que: “o homem tem o primado da cabeça; a mulher tem o do coração”. Não se pode confundir entre si o masculino e o feminino, pois cada qual tem seus valores. As qualidades masculinas e as femininas precisam umas das outras.
A mulher não pode perder sua identidade feminina. Hoje há uma crise de identidade na família: jamais um homem será uma “segunda mãe”, e jamais uma mulher será um “segundo pai”. A opinião pública pressiona psicologicamente a mulher para que ela realize “superando o homem”, de forma a que busque o sexo mais que o amor, o trabalho e a ciência mais que a geração e a educação dos filhos, o racionalismo mais que a fé, o feminismo e o conflito mais que a ternura, a igualdade de pensamento e de obrigações sociais mais que a complementaridade. Quanto mais ela for mulher, mais será amada pelo homem e mais vai poder lhe fazer bem.
Na “Carta às Mulheres”, João Paulo II diz que a contribuição da mulher é indispensável para “a elaboração de uma cultura capaz de conciliar razão e sentimento”, bem como para “a edificação de estruturas econômicas e políticas mais ricas em humanidade”.
Sua principal missão é ser mãe. Nada é mais digno é importante do que gerar e educar um ser humano – imagem e semelhança de Deus; filho de Deus. “São Paulo diz que a mulher se salva pela maternidade” (1 Timóteo 2,15). Não quer dizer que quem não for mãe não se salve. Quer dizer que a maior dignidade da mulher e sua principal missão é ser mãe: gerar a vida, defender a vida, educar a vida. Isto a santifica.
O povo diz que atrás de um grande homem existe uma grande mulher. De fato, atrás de S. Agostinho, vemos S. Mônica; atrás de São João Bosco, a sua mãe Margarida, atrás do imperador Constantino, vemos sua mãe Santa Helena; atrás do rei bárbaro Clovis, convertido ao cristianismo, vemos a santa esposa Clotilde. A história está repleta de mulheres que levaram seus maridos para Deus, com sua fé, lágrimas e joelhos no chão.
Muitas mulheres foram importantes na vida da Igreja. Jesus foi o primeiro a valorizar as mulheres e a dignificá-las: lembremos da mulher adúltera a ser apedrejada; de Madalena convertida a quem foi a primeira a aparecer após a Ressurreição; Marta e Maria que eram suas amigas; a hemorroisa que curou de um fluxo de sangue de doze anos; a samaritana que Ele converteu no poço de Jacó… Jesus amou as mulheres quando o mundo as desprezava.
Muitas mulheres edificaram a Igreja: Santa Joana D’Arc, a mulher forte que libertou a França da Inglaterra. Santa Brígida da Suécia; Santa Teresa de Ávila que renovou o Carmelo; Santa Teresinha do Menino Jesus, a jovem doutora da Igreja; Santa Catarina de Sena, doutora, que escrevia aos papas e reis… A Igreja amou as mulheres. Uma Mulher foi escolhida por Deus para trazer o Salvador a este mundo. Mas ela teve de oferecer a sua vida toda a Deus; da frieza da manjedoura de Belém à cruz do Calvário. Ela foi a mais humilde das mulheres e por isso a eleita de Deus. Com a sua obediência e humildade, ela “desatou o nó da desobediência de Eva” (S. Irineu de Lião). Não há modelo melhor para todas as mulheres!
Por ser mais fraca fisicamente, ela sempre foi, e ainda é, muitas vezes maltratada pelo homem. Muitas vezes é usada e abusada; fazem dela um instrumento apenas de prazer, de comércio carnal, um meio de vender produtos. Isto tem gerado uma nova e moderna escravidão da mulher, que muitas vezes, infelizmente, ela aceita, por dinheiro ou por algum tipo de promoção. A mulher tem de ser o agente de sua própria libertação, não se vendendo e não se corrompendo.
Hoje há uma enorme exploração feminina que vai dos prostíbulos ao comércio clandestino de mulheres de um país para outro. Alguns dizem que sua gravidez é incompatível com o seu contrato de trabalho; e outros querem até profissionalizar a prostituição, esquecendo-se de que não pode haver maior aviltamento da mulher e ofensa à sua dignidade humana.
A mulher sempre foi uma reserva moral do Ocidente. A ela competia o ensino daquelas coisas que, se não se aprende nos primeiros anos de vida, não se aprendem mais. Cabia a ela ensinar os filhos a rezar e a distinguir o bem do mal; ensinar o valor da família e das tradições. A grandeza da mulher está precisamente em cultivar o que lhe é próprio: a afetividade e a capacidade de amar.

É a mulher cristã, não-contaminada pela mentalidade dominante, com a sua intuição, sua preferência pelo amor profundo e estável, pela fraternidade e pela fé religiosa, que deve exercer uma tarefa muito elevada, indispensável para ajudar o homem a alcançar os valores superiores.
São Paulo manda que a mulheres “estejam sujeitas a seus maridos” (Ef 5,22); mas diz também: “submetei-vos uns aos outros no temor de Cristo” (5,21). Ser submissa significa auxiliar o marido na sua missão (sub-missa), apoiar a missão. São Pedro diz: “Vós, também, ó mulheres, sede submissas aos vossos maridos. Se alguns não obedecem à palavra, serão conquistados, mesmo sem a palavra da pregação, pelo simples procedimento de suas mulheres, ao observarem vossa vida casta e reservada. Não seja o vosso adorno o que aparece externamente… mas tende aquele ornato interior e oculto do coração, a pureza incorruptível de um espírito suave e pacífico, o que é tão precioso aos olhos de Deus (1 Pe 3,1-4).
Assim, a mulher cumpre o seu papel no mundo, dá glória a Deus e edifica a Igreja.
Fonte: http://cleofas.com.br/a-mulher-segundo-o-coracao-de-deus/

Sobre Prof. Felipe Aquino

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.

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