O Dia do Nascituro
celebrado, hoje, 8, marca o encerramento da Semana Nacional da Vida, que
iniciou em 1º de outubro, em todo o Brasil. A data é dedicada à criança que
ainda vive na barriga da mãe. Neste período, dioceses e comunidades de todo
Brasil organizam atividades e celebrações em prol da vida.
A
instituição da data foi decisão da 43ª Assembleia Geral, realizada em 2005, em
Itaici (SP). O bispo de Osasco (SP) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral
para a Vida e a Família (CEPVF), da CNBB, dom João Bosco Barbosa, explica que a
celebração é momento importante para suscitar a reflexão sobre o valor da vida.
“O Dia do Nascituro é um instrumento que ajuda a compreender e admirar,
proteger e defender a beleza da vida, sua grandeza e dignidade, seu
incomparável valor”, diz.
Para
ajudar na celebração e vivência desta data, a Comissão Episcopal para a Vida e
a Família e a Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF) oferecem o
subsídio "Hora da Vida".
O
texto traz propostas de encontros, celebrações, reflexões e ações para durante
todo o ano. Podem ser adaptados à realidade local, sendo um guia para momentos
de maior comunhão das famílias na evangelização e transformação da sociedade em
favor da vida.
Abaixo-assinado
No
mês de junho, foi realizada a 8ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida contra
o Aborto, em Brasília (DF), a partir do lema “Por que legalizar a morte? Se
queremos vida!". O evento, organizado pelo Movimento Nacional da Cidadania
pela Vida – Brasil Sem Aborto, pediu proteção aos direitos do bebê na barriga
da mãe.
A
luta deste Movimento consiste em impedir a aprovação do projeto de lei nº
236/2012, que tramita no Senado Federal e que propõe a legalização do aborto
até a 12ª Semana de Gestação. A iniciativa pede também a aprovação do Estatuto
do Nascituro (PL 478/2007) e reforma do Código Penal, em defesa da vida desde a
concepção.
Diversas
entidades civis e religiosas apoiam essa luta, entre elas a CNBB, a Federação
Espírita Brasileira (FEB) e Fórum Nacional de Ação Social e Política (FENASP),
Adira – Cidadania e Vida. O Movimento pela Vida diz que os esforços pela
aprovação do Estatuto do Nascituro têm por objetivo defender os direitos da
criança por nascer, impedindo, definitivamente, que o aborto seja legalizado no
Brasil.
Defender a vida
Dom
João Bosco Barbosa ressalta ser preciso maior conscientização sobre o valor e o
direito à vida por parte das autoridades governamentais e da população. “Nossa
sociedade está marcada por uma mentalidade utilitarista, que reduz o olhar
sobre a realidade: tudo é avaliado pela conveniência e utilidade. Assim, cresce
a mentalidade que considera legítimo descartar vidas humanas, quando são
percebidas como peso ou inúteis. A vida humana não é nossa produção, ela
é dada. Todos nós a recebemos gratuitamente, por isso é inviolável. Nunca um
ser humano é alguma coisa, sempre é alguém”, pontua dom Bosco.
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