Noite Feliz Noite Feliz! Será que existiu uma noite mais feliz que esta em toda a história desde a criação do mundo? Certamente, Não! Nada pode ser comparado ao nascimento de Deus no meio dos homens. O Verbo se fez carne a habitou em nosso meio (Jo 1, 1-2). O Filho de Deus, consubstancial ao Pai, isto é “Deus de Deus Luz da Luz”, “aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens”. (Fil 2,7). O menino nasceu o que foi predito pelos profetas é realizado no nascimento do menino que veio fazer novas todas as coisas, veio recapitular em si mesmo toda a história do homem, veio dar uma nova razão a vida na terra e transformar o homem na divindade do criador.
“Porque nasceu para nós um menino, foi-nos dado um filho; ele traz aos ombros a marca da realeza; o nome que lhe foi dado é: Conselheiro admirável, Deus forte, Pai dos tempos futuros, Príncipe da Paz”. Fico pensando o que se passava na mente deste hagiógrafo, o que ele estava contemplando para poder escrever com tanta propriedade e que aconteceram séculos depois como o próprio Jesus fala ao povo: “pois vos digo que muitos profetas e reis desejaram ver o que vós vedes, e não o viram; e ouvir o que vós ouvis, e não o ouviram”. (Lc 10,24). Certamente que na mente dos profetas havia uma contemplação das realidades futuras sob a inspiração do Espírito Santo para que pudessem anunciar ao povo o projeto de Salvação de Deus.
Agora temos um Deus com o jeito do homem e temos o homem com o jeito de Deus, olhando para Jesus vemos a face de Deus e ao mesmo tempo vemos a face do homem. O Céu e a Terra se fundiram ao passo que não existe mais distância, tudo se fez “um” em Cristo e todos os que esperam no Senhor será salvo aqueles que estavam “aguardando a feliz esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo”.
E o Nosso Deus veio contradizer toda a expectativa humana, aos que esperavam um grande líder político se decepcionaram aos que esperavam um mestre que mostrasse o poder divino com grandes prodígios também se decepcionaram. Nasceu um menino numa gruta no meio dos animais e com os pastores que era uma classe desprezada pelo povo. Nasceu humilde e pobre e viveu na pobreza e ninguém percebeu que Deus estava no meio dos homens, feito homem, vivendo com os homens e passando pelas mesmas necessidades que os outros passavam. Deus no anonimato.
Mas que situação desesperadora, imagine. Como estava o coração de Maria sabendo que seu filho vinha de Deus e não poder oferecer a Ele uma vida mais digna. Imagine José, que recebeu do anjo a informação de quem era aquele menino e nada podia fazer. Talvez José quisesse gritar “Este é o filho de Deus”, “O salvador do mundo”, “venham adorá-lo e vamos dar a Ele um lugar melhor para viver talvez no palácio”. Sinto um pouquinho da dor de José, quanta coisa gostaria de dar aos meus filhos e não consegui, é um sentimento de impotência. José é um homem santo o maior que conheço. Maria é a maior mulher que já existiu e não irá existir outra como Maria. Os dois receberam de Deus a tarefa de criar o filho de Deus e Deus não deu nada a mais do que tinham para que pudessem cumprir esta tarefa.
Puxa! Quantas vezes ficamos querendo algo de Deus para poder realizar algo de bom? Quantas vezes pensamos em ganhar na loto para fazer o bem aos irmãos? Na verdade não queremos fazer e sim que Deus faça por nós.
Pensemos neste Natal o que podemos fazer não para mudar o mundo, mas para mudar a nós mesmos e vermos que tudo o que temos e que somos só será verdadeiramente bom se nos aproximar de Deus e dos irmãos. Que a realidade da manjedoura se faça realidade em sua vida.
Feliz Natal!
Antonio ComDeus
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