Pastoral Familiar

Pastoral Familiar
Família é a nossa maior riqueza

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

HARMONIA CONJUGAL - MATURIDADE DO CASAL

Homem e mulher, diferentes na sua identidade e singularidade, devem construir a harmonia conjugal e esta é uma conquista que surge a partir da diversidade. Chamado à unidade em meio às diferenças individuais, o casal necessita empenhar-se nesta busca que supõe, muitas vezes, a renúncia de si em vista do bem comum do casal e da família. Não retira a individualidade dos dois, mas enriquece-os mutuamente, complementando-os.
A nossa inclinação natural é querer que domine o nosso modo de pensar e o que queremos. Isso é fruto do egoísmo e do egocentrismo, inclinações da nossa humanidade fragilizada pelo pecado original. É o Espírito que, a partir da adesão da vontade humana, constrói a unidade entre o casal, gerando frutos de amor, respeito pelas diferenças, liberdade e espontaneidade, segurança e paz. A seguir, algumas estratégias que podem favorecer a busca da harmonia conjugal.
Os dez mandamentos do casal
Uma equipe de psicólogos e especialistas americanos, que trabalhava em terapia conjugal, elaborou os Dez Mandamentos do Casal. Felipe Aquino faz uma reflexão sobre eles:
1. Nunca irritar-se ao mesmo tempo: A todo custo evitar a explosão. Quanto mais a situação é complicada, mais a calma é necessária. Então, será preciso que um dos dois acione o mecanismo que assegure a calma de ambos diante da situação conflitante. É preciso nos convencer de que, na explosão, nada será feito de bom. Dom Helder Câmara tem um belo pensamento que diz: “Há criaturas que são como a cana, mesmo postas na moenda, esmagadas de todo, reduzidas a bagaço, só sabem dar doçura…” Seria muito eficaz usar a doçura para enfrentar os desafios da vida a dois.
2. Nunca gritar um com o outro: A não ser que a casa esteja pegando fogo. Quem tem bons argumentos não precisa gritar. Gritar, muitas vezes, é próprio daquele que na sua insegurança, precisa impor pelos gritos aquilo que não consegue pelos argumentos e pela razão.
3. Se alguém deve ganhar na discussão, deixar que seja o outro: Perder uma discussão pode ser um ato de inteligência e de amor. Dialogar jamais será discutir, pela simples razão de que a discussão pressupõe um vencedor e um derrotado, e no diálogo não. Portanto, se por descuido nosso, o diálogo se transformar em discussão, permita que o outro “vença” para que mais rapidamente ele termine. Discussão no casamento é sinônimo de “guerra”; uma luta inglória. Que vantagem há em se ganhar uma disputa contra aquele que é a nossa própria carne? É preciso que o casal tenha a determinação de não provocar brigas; não podemos nos esquecer que basta uma pequena nuvem para esconder o sol. Às vezes, uma pequena discussão esconde, por muitos dias, o sol da alegria no lar.
4. Se for inevitável chamar a atenção, fazê-lo com amor: A outra parte tem que entender que a crítica tem o objetivo de somar e não de dividir. Só tem sentido a crítica que for construtiva; e essa é amorosa, sem acusações e condenações. Antes de apontarmos um defeito, é sempre aconselhável apresentar duas qualidades do outro. Isso funciona como um anestésico para que se possa fazer o curativo sem dor. E reze pelo outro antes de abordá-lo em um problema difícil. Peça ao Senhor e a Nossa Senhora que preparem o coração dele para receber bem o que você precisa dizer-lhe. Deus é o primeiro interessado na harmonia do casal.
5. Nunca jogar no rosto do outro os erros do passado: A pessoa é sempre maior que seus erros, e ninguém gosta de ser caracterizado por seus defeitos. Toda vez que acusamos a pessoa por seus erros passados, estamos trazendo-os de volta e dificultando que ela se livre deles. Certamente não é isso que queremos para a pessoa amada
Papa Paulo VI, diante da guerra fria e da ameaça de guerra nuclear,avisou o mundo: “A paz impõe-se somente com a paz, pela clemência, pela misericórdia, pela caridade”. Ora, se isto é válido para o mundo encontrara paz, muito mais é válido para todos os casais viverem bem. Portanto, como ensina Thomás de Kemphis, na Imitação de Cristo, “Primeiro conserva-te em paz, depois poderás pacificar os outros”.
6. A displicência com qualquer pessoa é tolerável, menos com o cônjuge: Na vida a dois, tudo pode e deve ser importante, pois a felicidade nasce das pequenas coisas. A falta de atenção para com o cônjuge é triste na vida do casal e demonstra desprezo para com o outro. Seja atento ao que ele diz, aos seus problemas e aspirações.
7. Nunca ir dormir sem ter chegado a um acordo: Se isso não acontecer, no dia seguinte, o problema poderá ser bem maior. Não se pode deixar acumular problema sobre problema sem solução. Os problemas da vida conjugal são normais e exigem de nós atenção e coragem para enfrentá-los, até que sejam solucionados, com o nosso trabalho e com a graça de Deus. A atitude da avestruz, da fuga, é a pior que existe. Com paz e perseverança busquemos a solução.
8. Pelo menos, uma vez ao dia, dizer ao outro uma palavra carinhosa: Muitos têm reservas enormes de ternura, mas esquecem de expressá-las em voz alta. Não basta amar o outro, é preciso demonstrar esse sentimento também com palavras e especialmente com gestos. Para as mulheres, isso tem um efeito quase mágico. É um tônico que muda completamente o seu estado de ânimo, humor e bem-estar. Muitos homens têm dificuldade neste ponto; alguns por problemas de educação, mas a maioria porque ainda não se deu conta da sua importância.
9. Cometendo um erro, saber admiti-lo e pedir desculpas: Admitir um erro não é humilhação. A pessoa que admite o seu erro é madura e demonstra ser honesta consigo mesma e com o outro. Quando erramos, não temos duas alternativas honestas, apenas uma: reconhecer o erro, pedir perdão e procurar remediar o que fizemos de errado, com o propósito de não repeti-lo. Isso é ser humilde. Agindo assim, mesmo os nossos erros e quedas serão alavancas para o nosso amadurecimento e crescimento. Quando temos a coragem de pedir perdão, vencendo o nosso orgulho, eliminamos quase de vez o motivo do conflito no relacionamento, e a paz retorna aos corações. É nobre pedir perdão!
10. Quando um não quer, dois não brigam: É a sabedoria popular que ensina isso. Será preciso então que alguém tome a iniciativa de quebrar o ciclo pernicioso que leva à briga. Tomar essa iniciativa será sempre um gesto de grandeza, maturidade e amor. E a melhor maneira será “não pôr lenha na fogueira”, isto é, não alimentar a discussão. Muitas vezes, é pelo silêncio de um que a calma retorna ao coração do outro. Outras vezes, será por um abraço carinhoso, ou por uma palavra amiga.
Todos nós temos a necessidade de um “bode expiatório” quando algo adverso nos ocorre. Quase que inconscientemente queremos, como se diz, “pegar alguém para Cristo”, a fim de desabafar as nossas mágoas e tensões. Isso é um mecanismo de compensação psicológica que age em todos nós nas horas amargas, mas é um grande perigo na vida familiar. Quantas e quantas vezes acabam “pagando o pato” pessoas que nada têm a ver com o problema que nos afetou. Às vezes, são os filhos que apanham do pai que chega em casa nervoso e cansado; outras vezes, é a esposa ou o marido que recebe do outro uma enxurrada de lamentações, reclamações e ofensas, sem quase nada ter a ver com o problema em si.
É necessário vigilância nestas horas para não permitir que o “sangue quente nas veias” gere uma série de injustiças com os outros. No serviço, e fora de casa, respeitamos as pessoas, o chefe, a secretária etc.; mas, em casa, onde somos “familiares”, o desrespeito acaba acontecendo. Exatamente onde estão os nossos entes mais queridos, no lar, é ali que, injustamente, descarregamos o stress do dia e as preocupações. Os filhos, a esposa, o esposo, são aqueles que merecem o nosso primeiro amor e tudo de bom que trazemos no coração. Portanto, antes de entrarmos no recinto sagrado do lar, é preciso deixar, lá fora, as mágoas, os problemas e as tensões. Estas, até podem ser tratadas com o cônjuge, buscando-se uma solução para os problemas, mas, com delicadeza, diálogo, fé e otimismo.
O amor é o oxigênio da vida em família
É o amor dos esposos que gera o amor da família e que produz o“alimento” e o “oxigênio” mais importante para os filhos. Na Encíclica Redemptor Hominis, o Papa João Paulo II disse algo marcante: “O homem não pode viver sem amor. Ele permanece para si próprio um ser incompreensível e a sua vida é destituída de sentido, se não lhe for revelado o amor, se ele não se encontra com o amor, se não o experimenta e se não o torna algo próprio, se nele não participa vivamente” (RH, 10). Sem o amor a família nunca poderá atingir a sua identidade, isto é, ser uma comunidade de pessoas. O amor é mais forte do que a morte e é capaz de superar todos os obstáculos para construir o outro. Assim se expressa o Cântico dos Cânticos: “…o amor é forte como a morte… Suas centelhas são centelhas de fogo, uma chama divina. As torrentes não poderiam extinguir o amor, nem os rios o poderiam submergir.”(Ct 8,6-7)
Há alguns casais que dizem que vão se separar porque acabou o amor entre eles. Será verdade? Seria mais coerente dizer que o “verdadeiro” amor não cresceu e não amadureceu; foi queimado pelo sol forte do egoísmo e sufocado pelo amor próprio de cada um. Não seria mais coerente dizer: “Nós matamos o nosso amor?”. O poeta cristão Paul Claudel resumiu de maneira bela a grandeza da vida do casal:
O amor verdadeiro é dom recíproco que dois seres felizes fazem livremente de si próprios, de tudo o que são e têm. Isto pareceu a Deus algo de tão grande que Ele o tornou sacramento”.
 
Bibliografia:

AQUINO, Felipe. Família, Santuárioda vida. Canção Nova, 2006
Teologia do Matrimônio. Santuário, 2009.
BENTO XVI, Papa. Carta Encíclica:Deus Caritas Est. Paulus, 2009.
PAULO II, Papa João. Encíclica:Sexualidade, Verdade e Significado. Paulinas, 1998.
Catecismo da Igreja Católica. Paulinas, 1998.

Fonte: http://www.comshalom.org/a-harmonia-conjugal-e-uma-conquista-do-casal/

MEDITAÇÃO DIÁRIA

"A resignação à vontade de Deus é a estrada segura para chegar ao céu." (Santo Padre Pio de Pietrelcina)

SANTO DO DIA - SANTA CATARINA LABOURÉ


Santa Catarina Labouré

Esta devoção tornou-se escola de santidade para muitos, a começar pela própria Catarina que muito bem soube se relacionar com Jesus por meio da Imaculada Senhora das Graças
Santa Catarina de Labouré nasceu em Borgonha (França) a 2 de maio de 1806. Era a nona filha de uma família que, como tantas outras, sofria com as guerras napoleônicas.
Aos 9 anos de idade, com a morte da mãe, Catarina assumiu com empenho e maternidade a educação dos irmãos, até que ao findar desta sua missão, colocou-se a serviço do Bom Mestre, quando consagrou-se a Jesus na Congregação das Filhas da Caridade.
Aconteceu que, em 1830, sua vida se entrelaçou mais intimamente com os mistérios de Deus, pois a Virgem Maria começa a aparecer a Santa Catarina, a fim de enriquecer toda a Igreja e atingir o mundo com sua Imaculada Conceição, por isso descreveu Catarina:
“A Santíssima Virgem apareceu ao lado do altar, de pé, sobre um globo com o semblante de uma senhora de beleza indizível; de veste branca, manto azul, com as mãos elevadas até à cintura, sustentava um globo figurando o mundo encimado por uma cruzinha. A Senhora era toda rodeada de tal esplendor que era impossível fixá-la. O rosto radiante de claridade celestial conservava os olhos elevados ao céu, como para oferecer o globo a Deus. A Santíssima Virgem disse: Eis o símbolo das graças que derramo sobre todas as pessoas que mas pedem”.
Nossa Senhora apareceu por três vezes a Santa Catarina Labouré. Na terceira aparição, Nossa Senhora insiste nos mesmos pedidos e apresenta um modelo da medalha de Nossa Senhora das Graças. Ao final desta aparição, Nossa Senhora diz: “Minha filha, doravante não me tornarás a ver, mas hás-de ouvir a minha voz em tuas orações”.
Somente no fim do ano de 1832, a medalha que Nossa Senhora viera pedir foi cunhada e espalhada aos milhões por todo o mundo.
Como disse Sua Santidade Pio XII, esta prodigiosa medalha “desde o primeiro momento, foi instrumento de tão numerosos favores, tanto espirituais como temporais, de tantas curas, proteções e sobretudo conversões, que a voz unânime do povo a chamou desde logo medalha milagrosa“.
Esta devoção nascida a partir de uma Providência Divina e abertura de coração da simples Catarina, tornou-se escola de santidade para muitos, a começar pela própria Catarina que muito bem soube se relacionar com Jesus por meio da Imaculada Senhora das Graças.
Santa Catarina passou 46 anos de sua vida num convento, onde viveu o Evangelho, principalmente no tocante da humildade, pois ninguém sabia que ela tinha sido o canal desta aprovada devoção que antecedeu e ajudou na proclamação do Dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora em 1854.
Já como cozinheira e porteira, tratando dos velhinhos no hospício de Enghien, em Paris, Santa Catarina assumiu para si o viver no silêncio, no escondimento, na humildade. Enquanto viveu, foi desconhecida.
Santa Catarina Labouré entrou no Céu a 31 de dezembro de 1876, com 70 anos de idade.
Foi beatificada em 1933 e canonizada em 1947 pelo Papa Pio XII.
Santa Catarina Labouré, rogai por nós!

EVANGELHO DO DIA - SÃO LUCAS 21,29-33

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 29Jesus contou-lhes uma parábola: “Olhai a figueira e todas as árvores. 30Quando vedes que elas estão dando brotos, logo sabeis que o verão está perto. 31Vós também, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Reino de Deus está perto. 32Em verdade, eu vos digo: tudo isso vai acontecer antes que passe esta geração. 33O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

POR QUE A IGREJA RECOMENDA O USO DO MÉTODO DE OVULAÇÃO BILLINGS ?

O Método Ovulação Billings é recomendado para o planejamento familiar

“Pela sua estrutura íntima, o ato conjugal, ao mesmo tempo que une profundamente os esposos, torna-os aptos para a geração de novas vidas, segundo leis inscritas no próprio ser do homem e da mulher. Salvaguardando esses dois aspectos essenciais, unitivo e procriador, o ato conjugal conserva integralmente o sentido de amor mútuo e verdadeiro e a sua ordenação para a altíssima vocação do homem para a paternidade” (Humane Vitae).
Gerar uma nova vida é uma alegria, mas também constante motivo de preocupação dos pais. Preocupada com os meios artificiais usados pelos casais na prevenção e programação da gestação, a Igreja recomenda métodos naturais que utilizam da própria natureza fisiológica do homem e da mulher para que o casal possa planejar a sua família. No entanto, os métodos naturais vão muito além da prevenção, pois contribuem para que a mulher tenha um melhor conhecimento de seu corpo e favorecem a harmonia e o diálogo entre os casais.
Por que a Igreja Católica recomenda o uso do Método de Ovulação Billings

Por que a Igreja Católica recomenda o uso do Método de Ovulação Billings para o planejamento familiar?

Existe um documento, que é importante citar quando se fala dos métodos naturais: a Encíclica do Papa Paulo VI, de 1968 (ainda muito atual), que se chama Humanae Vitae (“Da vida humana”). Nele, o Sumo Pontífice fala sobre a regulação da natalidade, porque a Igreja vê os casais livres e responsáveis com a criação. Nesse documento, a Igreja olha o homem de forma global, não vê a pessoa humana apenas fisiologicamente, mas também emocional e espiritualmente.
Naquela época, a Igreja reuniu cientistas, pessoas que entendem dessa área e casais para analisar a questão da regulação da natalidade. É aí que entra a história dos métodos naturais, porque eles são o melhor caminho, pois os casais vão se utilizar da própria fisiologia – sem interferência de nada artificial – para poder planejar a sua família levando em conta essa visão global do homem.

Por que muitos médicos não o recomendam?

Como instrutora do MOB [Método de Ovulação Billings]tenho um trabalho em conjunto com os médicos. Apresentamos os casais a eles, explicamos a proposta, sempre lembrando que o método é uma opção. Então, esses profissionais trabalham junto conosco, como os endocrinologistas e os nutricionistas, porque essa questão não é só ginecológica, mas também está ligada à alimentação e a uma disfunção hormonal. Temos um bom diálogo com alguns deles.
Quanto aos outros médicos, eu acredito que a praticidade faz com que eles já indiquem o anticoncepcional. Há também a questão da saúde pública… tudo isso interfere. O segundo ponto, não posso esconder, é que existe um lado comercial. Por mais que seja barato incutir essa cultura contraceptiva, vai haver um rendimento por trás disso. Já no método natural, você não gasta nada; é uma proposta bem contracorrente. Alguns [médicos], eu acredito que fazem isso por falta de conhecimento da prática.
Temos experiências de médicos, com quem começamos a conversar, que também passaram a ser usuários do método. Na nossa linguagem, dizemos que é uma “conversão” deles. Atendendo a tantos casais que utilizam esse método, essa médica também passou a usá-lo.

Quais são os principais benefícios do Billings?

Esse método, primeiramente, faz com que a mulher tenha um autoconhecimento. Ele não faz mal à saúde, não tem efeito colateral, não tem custo; portanto, serve para todas as classes sociais, principalmente para aquelas que não têm poder aquisitivo; além disso, favorece a harmonia do casal.

Como as mulheres que vivem na correria do dia a dia podem aderir a ele, tendo em vista que esse método exige uma maior observação com relação ao corpo?

Há um ditado que diz: “A mulher consegue fazer 10 coisas ao mesmo tempo”, e isso é verdade. Nós conseguimos trabalhar, cuidar dos filhos, do marido, ou seja, ficar “ligadas”. A dificuldade mesmo é exercitar. Para qualquer mulher que você pergunte, ela pode estar na fila do banco e a menstruação dela descer; ela vai sentir que isso aconteceu, assim como ela sente que está com dor nas costas, dor de cabeça. Não é algo que está fora dela, mas dentro; só que ninguém nunca pergunta para ela: “Como você está se sentindo hoje?”. Então, o trabalho da instrutora é, justamente, dar esse “clique” para que ela comece a se observar. Não é uma coisa de outro mundo; simplesmente ela nunca fez isso. Para saber que ela está menstruada, ninguém precisou dizer. A fertilidade é assim também, ela vai sentir, mas não está acostumada a se perguntar e a se sentir. É aí que entra o trabalho da instrução.

Ele deve ser utilizado apenas pelos casais já casados?

Na verdade, ele é utilizado desde a menarca – primeira menstruação – até a pré-menopausa, quando a mulher fecha o seu ciclo de vida fértil. Mas a utilização dele é diferenciada, porque uma adolescente vai usá-lo apenas para adquirir autoconhecimento.
É muito bacana, porque os adolescentes ainda estão regulando os seus hormônios e, nessa fase, muitos pais erram, porque levam as filhas ao ginecologista e já há uma medicação para regular o ciclo. É um pecado isso, porque a adolescente ainda está em fase de ajuste. Então, quando ela começa a se observar, descobre a beleza do seu corpo, valoriza-se como mulher, e essa valorização do corpo vai ser muito importante. Isso vai ajudá-la a ser melhor com as pessoas, a saber que, algumas vezes, o hormônio pode influenciar no humor, seja porque ela fica uma chata ou muito alegre, sensível. Enfim, isso ajuda também na sua vivência social.
Uma vez casado, dentro do matrimônio, o casal vai utilizar as regras para engravidar ou para espaçar a gravidez.
Estudo-Sobre-Reproducao-Humana (1)

Qual deve ser o comportamento do casal durante o período fértil?

Uma das vantagens do Método Billings é o diálogo entre os casais, a harmonia. O casal vive um eterno enamoramento; é muito interessante. O sexo é muito importante na vida matrimonial evidentemente, mas ele é uma parte. Assim, quando alguns homens entendem a proposta, eles são os primeiros que a abraçam. Mas quando não a entendem, eles têm uma verdadeira aversão, porque existe aquela mentalidade de que sexo é todo dia, toda hora e “quanto mais, melhor”; “quanto mais, mais eu sou macho”.
Quando eles entendem a proposta, vivem uma reeducação sexual; vivem o sexo como uma entrega, uma doação a quem se ama. Dentro do casamento, você vive uma lua de mel, porque existem os dias férteis em que o casal quer espaçar; então não vai ter relação nesses dias, que é de 6 a 8 dias. Então, num ciclo de 28, 30 [dias], você tem cerca de 16 dias para ter relação. Aí, o casal vive um enamoramento. O que eles vão fazer? Vão conversar, vão namorar, ir ao cinema, jantar fora. O casal não fica na rotina e descobre que existem outras manifestações de amor além da sexual, da genital. O comportamento do casal deve ser o de se amar de outras formas e de forma responsável, já que eles não querem engravidar naquele momento.

Para que esse método funcione é importante a participação do marido?

É importante que ele queira viver essa experiência, porque, na verdade, quem se observa é a mulher. O marido é uma “ajuda adequada” (cf. Gênesis 2,18). Há casos em que a mulher esquece de anotar [o ciclo], e quem anota é o marido à noite. Eles vão ter que conversar sobre esse assunto. Toda mulher quer, no fim do dia, que o marido pergunte: “Como foi o seu dia?”. Nós achamos isso o máximo, mas para eles isso não faz a menor diferença. No entanto, para a relação sexual ele vai ter de perguntar. Olha que notícia maravilhosa! E ela vai responder: “Hoje eu estou seca, hoje eu estou molhada; ou seja, hoje estou fértil ou infértil”. Os homens aprendem muito rápido, mas precisam aceitar.
Isso é o legal, porque os outros métodos artificiais colocam o jugo sobre um ou sobre outro. “Se é a mulher quem está tomando um anticoncepcional, ela que se vire”. E fica uma coisa fria, pois eles têm relação na hora em que querem. Se é o homem quem faz vasectomia, está sobre ele [o jugo]. Não é fácil tomar a decisão de não mais procriar, porque isso é algo que está intrínseco ao homem e à mulher. Eles foram criados para colaborar com Deus na criação. Já o método natural é do casal.

Durante a amamentação, a mulher deve continuar utilizando-o?

Na amamentação, geralmente, a mulher acabou de ter um filho e o casal quer espaçar a próxima gravidez; outros não, querem ter um atrás do outro. Mas para o casal que quer esperar alguns anos para engravidar de novo, ela [esposa] vai continuar usando o método como usava antes de engravidar.

Como orientar a população mais carente?

O planejamento natural da família precisa ser mais divulgado, porque ele é eficaz em todas as camadas da sociedade. Existem, inclusive, mulheres analfabetas que praticam o método. Elas não precisam saber ler para fazê-lo, apenas se observar e pintar as cores do quadro de anotações.
Atendi um casal e a mulher me disse que sabia como estava; então, ela pegava uma folha seca para ilustrar quando estava infértil e, quando não punha nada, é porque ela estava fértil. É muito simples o método, mas é preciso que ele seja divulgado pelos meios de comunicação e precisam existir cada vez mais órgãos como o CENPLAFAN (Centro de Planejamento Familiar Natural), que é responsável por esse trabalho no Brasil. É preciso gerenciar mais instrutores capacitados para ajudar as pessoas; utilizando também os Postos de Saúde para que essa proposta chegue até elas.

Minha cura interior foi fundamental para entender o método

Eu tive uma “conversão” com o método, porque eu tinha 23 anos quando comecei a namorar o meu esposo. Ele já conhecia o método e falou dele para mim. A princípio eu pensei: “Nossa, mas tem que planejar?”. Na minha cabeça, eu não tinha que planejar, porque ia ter quantos filhos Deus me desse. Então, havia um pouco de resistência no meu coração. Mas uma pessoa da comunidade [Canção Nova] foi fazer um curso para instrutores em Araras (SP), em 1998, e me chamou. Lá fui eu, mas para questionar tudo. Na sexta-feira em que eu cheguei ao encontro, tive uma cura espiritual, porque a minha mãe foi mãe solteira. Então, eu não fui planejada pelos meus pais. Quando eu cheguei lá [no encontro], não conseguia dormir e pedi para essa pessoa que foi comigo rezar por mim. Na oração veio essa questão do meu pai e da minha mãe com relação à minha gestação. O ponto que foi nevrálgico na minha aceitação ao método foi a responsabilidade, porque, como não houve responsabilidade deles [os pais], eu não queria planejar. A partir disso, eu fui a todas as palestras, entendi a proposta do método e comecei a trabalhá-lo na Canção Nova; primeiramente comigo, fazendo o autoconhecimento da minha fertilidade e também participando de outros cursos.
 Fonte: http://formacao.cancaonova.com/familia/planejamento-familiar/por-que-igreja-recomenda-o-uso-do-metodo-de-ovulacao-billings/

Fabiana Azambuja

Fabiana Azambuja é instrutora Qualificada do Método de Ovulação Billings™ e Coordenadora do ‘Centro de Formação Famílias Novas’, no Posto Médico Padre Pio, em Cachoeira Paulista (SP). familiasnovas@cancaonova.com

QUAL A MELHOR IDADE PARA ENGRAVIDAR ?

Muitas mulheres se perguntam se existe melhor idade para engravidar?
Qual a melhor idade para engravidar? Antes ou depois dos 40 anos? A resposta será sua depois que ponderar o lado bom e ruim da gravidez em cada faixa etária.
Qual a idade certa para engravidar - 1600x1200
Foto: Daniel Mafra/cancanova.com

Se pensarmos no ponto de vista católico, o Catecismo nos ensina sobre a paternidade responsável, a qual não nos permite métodos contraceptivos que não sejam naturais, quando os casais podem evitar relações nos períodos férteis por motivos fortes e não egoístas.
Agora, se nossa reflexão partir do ponto de vista humano, teremos de ponderar com a razão as vantagens e desvantagens da melhor hora, desde que acreditem que exista a melhor hora para engravidar ou que essa hora aconteça depois que você engravida. Temos visto casais que não queriam engravidar, mas quando isso aconteceu, várias bênçãos foram derramadas em seus lares.

Prioridades

Alguns casais vão ponderar e decidir que, antes de terem filhos, precisam estudar, ter estabilidade profissional e financeira, ou mesmo fazer uma poupança para enfrentar as futuras despesas com os filhos. Outra alegação é que, antes de terem filhos, as pessoas precisam curtir a vida, conviver bastante para saber se querem ficar juntos, amadurecer para cuidar de uma criança e buscar capacitação para fazer escolhas mais acertadas sobre a educação dos pequenos.

Questões econômicas ou individualistas?

Todas as reflexões são válidas dependendo do ponto de vista. A pergunta que não pode calar é: essas razões estão baseadas em questões econômicas e individualistas ou, realmente, no que é melhor para os filhos?  Por outro lado, sabemos que as chances de engravidar não são as mesmas com o passar do tempo, a não ser que se utilizem as tecnologias atuais, sendo que muitas delas não encontram respaldo na nossa religião e também têm custos significativos num orçamento familiar, fora do acesso para a grande maioria.

Complicações para engravidar depois dos 40

Outra preocupação deve ser considerada por quem quer engravidar depois dos 40: as possíveis complicações para a mulher durante a gestação e os riscos de problemas genéticos nas crianças, que também são maiores. Outra ponderação é que as mulheres, provavelmente, terão de trabalhar até mais tarde, pois os custos com educação e saúde dos filhos exigem valores que nem sempre os vencimentos da aposentadoria conseguem fazer frente.
É claro que todos esses argumentos não devem ser desanimadores para quem não conseguiu engravidar antes dos 40, pois existem muitos exemplos bíblicos e atuais de mulheres que tiveram gestações e bebês saudáveis.

Alerta para gravidez na adolescência

Não podemos deixar de fazer uma alerta sobre a gravidez na adolescência, que também deve ser considerada uma atitude de perigo para a mãe e a criança. Nessa situação, as reflexões sobre falta de capacidade física, mental, emocional e financeira para a maternidade são justas e não egoístas.
A diferença é saber se a escolha foi sua ou das circunstâncias, por isso, a resposta para a pergunta inicial nos diz que a medida correta deve ser uma maternidade e paternidade responsáveis, baseadas em valores cristãos e éticos, e não numa cultura individualista, onde a sua felicidade vem à frente dos direitos dos seus filhos.
Fonte:http://formacao.cancaonova.com/familia/pais-e-filhos/qual-a-melhor-idade-para-engravidar/

Ângela Abdo

Ângela Abdo é coordenadora do grupo de mães que oram pelos filhos da Paróquia São Camilo de Léllis (ES) e assessora no Estudo das Diretrizes para a RCC Nacional. Atua como curadora da Fundação Nossa Senhora da Penha e conduz workshops de planejamento estratégico e gestão de pessoas para lideranças pastorais.
Abdo é graduada em Serviço Social pela UFES e pós-graduada em Administração de Recursos Humanos e em Gestão Empresarial. Possui mestrado em Ciências Contábeis pela Fucape. Atua como consultora em pequenas, médias e grandes empresas do setor privado e público como assessora de qualidade e recursos humanos e como assistente social do CST (Centro de Solidariedade ao Trabalhador). É atual presidente da ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos) do Espírito Santo e diretora, gerente e conselheira do Vitória Apart Hospital.

MEDITAÇÃO DIÁRIA

"A pureza da alma e do corpo são duas asas que nos elevam a Deus." (Santo Padre Pio de Pietrelcina)

SANTO DO DIA - SANTA CATARINA DE ALEXANDRIA

Santa Catarina de Alexandria
Neste dia lembramos a vida desta santa que é inspiradora e protetora de um Estado brasileiro: Santa Catarina
Nascida em Alexandria, recebeu uma ótima formação cristã. É uma das mais célebres mártires dos primeiros séculos, um dos Santos Auxiliadores. O pai, diz a lenda, era Costes, rei de Alexandria. Ela própria era, aos 17 anos, a mais bonita e a mais sábia das jovens de todo o império; esta sabedoria levou-a a ser muitas vezes invocada pelos estudantes. Anunciou que desejava casar-se, contanto que fosse com um príncipe tão belo e tão sábio como ela. Esta segunda condição embargou que se apresentasse qualquer pretendente.
“Será a Virgem Maria que te procurará o noivo sonhado”, disse-lhe o ermitão Ananias, que tinha revelações. Maria aparece, de fato, a Catarina na noite seguinte, trazendo o Menino Jesus pela mão. “Gostas tu d’Ele?”, perguntou Maria. -“Oh, sim”. -“E tu, Jesus, gostas dela?” -“Não gosto, é muito feia”. Catarina foi logo ter com Ananias: “Ele acha que sou feia”, disse chorando. -“Não é o teu corpo, é a tua alma orgulhosa que Lhe desagrada”, respondeu o eremita. Este instruiu-a sobre as verdades da fé, batizou-a e tornou-a humilde; depois disto, tendo-a Jesus encontrado bela, a Virgem Santíssima meteu aos dois o anel no dedo; foi isto que se ficou chamando desde então o “casamento místico de Santa Catarina”.
Ansiosa de ir ter com o seu Esposo celestial, Catarina ficou pensando unicamente no martírio. Conta-se que ela apresentou-se em nome de Deus, diante do perseguidor, imperador Maxêncio, a fim de repreendê-lo por perseguir aos cristãos e demonstrar a irracionalidade e inutilidade da religião pagã. Santa Catarina, conduzida pelo Espírito Santo e com sabedoria, conseguiu demonstrar a beleza do seguimento de Jesus na sua Igreja. Incapaz de lhe responder, Maxêncio reuniu para a confundir os 50 melhores filósofos da província que, além de se contradizerem, curvaram-se para a Verdade e converteram-se ao Cristianismo, isto tudo para a infelicidade do terrível imperador.
Maxêncio mandou os filósofos serem queimados vivos, assim como à sua mulher Augusta, ao ajudante de campo Porfírio e a duzendos oficiais que, depois de ouvirem Catarina, tinham-se proclamado cristãos. Após a morte destes, Santa Catarina foi provada na dor e aprovada por Deus no martírio, tendo sido sacrificada numa máquina com quatro rodas, armadas de pontas e de serras. Isto aconteceu por volta do ano 305. O seu culto parece ter irradiado do Monte Sinai; a festa foi incluída no calendário pelo Papa João XXII (1316-1334).
Santa Catarina de Alexandria, rogai por nós!

EVANGELHO DO DIA - SÃO LUCAS 21,12-19

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 12“Antes que estas coisas aconteçam, sereis presos e perseguidos; sereis entregues às sinagogas e postos na prisão; sereis levados diante de reis e governadores por causa do meu nome. 13Esta será a ocasião em que testemunhareis a vossa fé. 14Fazei o firme propósito de não planejar com antecedência a própria defesa; 15porque eu vos darei palavras tão acertadas, que nenhum dos inimigos vos poderá resistir ou rebater. 16Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos. E eles matarão alguns de vós. 17Todos vos odiarão por causa do meu nome. 18Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça. 19É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

MEDITAÇÃO DIÁRIA

"A pessoa que medita e dirige seus pensamentos a Deus, procura conhecer seus defeitos, tenta corrigi-los, modera seus impulsos e põe em ordem sua consciência." (Santo Padre Pio de Pietrelcina)

SANTO DO DIA - SANTO ANDRÉ DUNG-LAC E COMPANHEIROS MÁRTIRES

Santo André Dung-Lac
Neste dia comemoramos a santidade dos 117 mártires vietnamitas que testemunharam seu amor a Cristo, tanto na vida como na morte
O Papa João Paulo II, em 1988, canonizou na verdade alguns, dos muitos ousados na fé, que se encontram entre o período de 1830 até 1870.
O Vietnã conheceu a Boa-nova de Jesus Cristo no século XVI, e o acolheu em sua integridade: “Então, entregar-vos-ão à aflição, matar-vos-ão, sereis odiados por todos os pagãos por causa do meu nome…mas quem perseverar até o fim, este será salvo”. (Mt 24,9-13)
Santo André Dung-Lac, era de família pobre, reconheceu a riqueza do Dom Sacerdotal e foi ordenado Padre em 1823; em meio às perseguições desejava ardentemente testemunhar Jesus Cristo com o martírio, pois dizia que“aqueles que morrem pela fé sobem ao céu”.
Na Ásia, iniciou-se grande perseguição aos cristãos. De 1625 a 1886, os governantes tudo fizeram para despertar o ódio e a vingança contra a religião cristã e àqueles que anunciavam o Evangelho ou tornavam-se cristãos. Mas, quanto mais os perseguiam, mais aumentava o fervor dos cristãos. Esse período culminou com a morte de 117 santos: Sacerdotes, Bispos, pais de famílias, jovens, crianças, catequistas, seminaristas, militares. Todos estes mostrando a universalidade do chamado à Santidade com o próprio sangue.
Santo André Dung-Lac e companheiros mártires, rogai por nós!